sexta-feira, 19 de março de 2010

Alimentos reaproveitados - nem tudo que vai pro lixo é lixo.

O desperdício de alimentos é um dos fatores que contribuem para a fome no País. Somente na Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa), cerca de seis toneladas de alimentos são desperdiçadas. Esses alimentos não são estragados, mas sim frutas maduras e verduras que poderiam compor a dieta de pessoas carentes.

A educação é um fator essencial até para o trato com os alimentos. Muitas entidades lutam para evitar o desperdício de alimentos, utilizando como ferramenta o reaproveitamento integral de frutas e verduras. Com um pouco de criatividade, o que antes tinha como destino o lixo, passa a ser a refeição principal de muitas famílias. A nutricionista Gorete Pereira afirma que é possível criar várias receitas com cascas de frutas e outros alimentos que não são considerados nobres.

O abacaxi, a abóbora e até a farinha de mandioca ganham novas atribuições com as receitas de reaproveitamento. As sobremesas são as principais opções para a utilização do material ainda não aproveitado. Bolos e doces ganham um sabor especial com o acréscimo desses ingredientes e não perdem o principal atrativo: o sabor.

O reaproveitamento de alimentos passa também pelo processo de higiene no trato com as frutas e verduras e pelo correto armazenamento. Mas a preparação das receitas é o principal atrativo. Durante o I Festival de Alimentação Saudável, promovido pelo Sesc Ceará, um concurso de receitas de reaproveitamento de alimentos agitou a semana e possibilitou a popularização desse novo hábito e a troca de experiências entre participantes e promotores de oficinas do Sesc.

O resultado de algumas dessas receitas foi exposto para degustação e o público aprovou. O bolo de casca de abacaxi, o doce de casca de abóbora (jerimum) e o bolo de farinha de mandioca foram a sensação do festival. As vantagens das receitas de reaproveitamento são várias, desde a praticidade, ao teor mais saudável e baixo custo. A prática de utilizar todo o potencial nutritivo dos alimentos já é uma realidade vivenciada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), no Interior do Estado.

O caju é um das frutas que têm seu potencial aproveitado ao máximo. Depois da retirada da castanha, que tem valor comercial, o pedúnculo era jogado fora pelos produtores há alguns anos atrás. Mas de uns tempos para cá é matéria-prima para 20 tipos de receitas, do licor e doce de caju, já tradicionais, ao hambúrguer de caju, o bife, a paçoca, o pastel, o biscoito e sopa, todos tendo o caju como principal ingrediente.

Iniciativas como essa desenvolvidas pelo Senar, além de evitarem o desperdício, incentivam o consumo de produtos regionais, resgatando a culinária local e evitando o consumo excessivo de produtos industrializados.

Extraído do site: Diário do Nordeste

Doenças causadas pelo lixo

Riscos

O lixo pode muitas vezes conter materiais perigosos, que oferecem sérios riscos à saúde humana e ao meio ambiente, como baterias de veículos, pilhas e baterias comuns e de celulares, embalagens de produtos químicos, tóxicos e/ou corrosivos etc.

Doenças

O lixo depositado em lixões a céu aberto ou em terrenos baldios atrai ratos, baratas, moscas, mosquitos, formigas e escorpiões, entre outros, podendo transmitir doenças como diarréias infecciosas, parasitoses, amebíase etc. Pode ainda permitir o desenvolvimento de larvas de mosquitos vetores de doenças como a dengue e a leishmaniose . Além disso, quando os lixões estão localizados próximos a aeroportos, podem atrair pássaros diversos, principalmente urubus, capazes de provocar acidentes aéreos.

As principais doenças causadas pelo lixo são Leptospirose, Tétano, Dengue, Febre Tifóide, Cólera, Esquistossomose, Câncer, Intoxicação, entre outras.

Tipos de lixo

Lixo doméstico
Também chamado de lixo domiciliar ou residencial, é produzido pelas pessoas em suas residências. Constituído principalmente de restos de alimentos, embalagens plásticas, papéis em geral, plásticos, entre outros.

Lixo comercial
Gerado pelo setor terceiro (comércio em geral). É composto especialmente por papéis, papelões e plásticos.

Lixo industrial
Original das atividades do setor secundário (indústrias), pode conter restos de alimentos, madeiras, tecidos, couros, metais, produtos químicos e outros.

Lixo das áreas de saúde
Também chamado de lixo hospitalar. Proveniente de hospitais, farmácias, postos de saúde e casas veterinárias. Composto por seringas, vidros de remédios, algodão, gaze, órgãos humanos, etc. Este tipo de lixo é muito perigoso e deve ter um tratamento diferenciado, desde a coleta até a sua deposição final.

Limpeza pública
Composto por folhas em geral, galhos de árvores, papéis, plásticos, entulhos de construção, terras, animais mortos, madeiras e móveis danificados.

Lixo nuclear
Decorrentes de atividades que envolvem produtos radioativos, entre outros.